Um grande mestre do lirismo, um verdadeiro guerreiro da poesia. Suas obras transcendem a estética da poesia popular e inaugura o que o crítico Josessandro Andrade denominou "lirismo-social", uma verdadeira ética movida pela insatisfação diante da figura do marginal: o órfão, o menino-de-rua... Eterno aprendiz, Walmar cantou entre festivais, poemas, e canções religiosas a desolação e a superação diante das desigualdes sociais.
Coração de poeta
TÃO SENSÍVEL DE UM JEITO IMENSURÁVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÍVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCÁVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÁVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO VENDO SEU DONO POR VENCIDO
ELE APOSTA NA ÂNSIA DE VENCER
ETERNIZA A LIÇÃO DO APRENDER
E GARANTE QUE NADA ESTÁ PERDIDO”
VIDA, VIOLA E REPENTE
A PINTO DO MONTEIRO
COM A FORÇA QUE EU TRAGO NO MEU VERSO
E O VENENO QUE TEM MEU IMPROVISO
EU TRANSFORMO EM PERFEITO O IMPRECISO
FAÇO O AMOR TRANSBORDAR PELO UNIVERSO
PRÁ CANTAR SOU VELOZ E NÃO TROPEÇO
MINHA ESTRELA É REFLEXO TRANSCENDENTE
O MEU SIGNO É PACÍFICO E COERENTE
SEI DE COR A RECEITA QUE CONSOLA
EU NASCI AGARRADO COM A VIOLA
E O MEU BERÇO FOI FEITO DE REPENTE
E O VENENO QUE TEM MEU IMPROVISO
EU TRANSFORMO EM PERFEITO O IMPRECISO
FAÇO O AMOR TRANSBORDAR PELO UNIVERSO
PRÁ CANTAR SOU VELOZ E NÃO TROPEÇO
MINHA ESTRELA É REFLEXO TRANSCENDENTE
O MEU SIGNO É PACÍFICO E COERENTE
SEI DE COR A RECEITA QUE CONSOLA
EU NASCI AGARRADO COM A VIOLA
E O MEU BERÇO FOI FEITO DE REPENTE
Walmar
Aqui vai a homenagem singela de um discípulo desse já falecido, porém imortal poeta sertaniense.
De repente se fez meu universo
Vacilante entre versos sem rimar
Pé-quebrando eu me pus a recitar
Pra escapar das agústias e desertos
As raízes busquei, me fiz completo
Vi a flor crescer bela e reluzente
O amor segurei com unhas e dentes
Transformei vendaval numa marola
Eu nasci agarrado na viola
E meu berço foi feito de repente
Júnio butija
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